Entendendo o Pdot: Estratégias para Novas Centralidades no DF

Redação FG
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A proposta do Pdot para descentralizar a economia no DF levou em conta o fluxo de pessoas e a configuração das vias | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília

O Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) está sendo revisado. Seu objetivo é melhorar a distribuição de empregos e serviços no Distrito Federal. Queremos diminuir a necessidade de grandes deslocamentos diários. Assim, o DF será um lugar mais equilibrado. As pessoas terão mais oportunidades perto de suas casas.

Para isso, o Pdot propõe um sistema de “centralidades”. São áreas com diferentes tipos de atividades. Ele usa estratégias específicas de mudanças no território. A meta é promover o desenvolvimento de núcleos urbanos diversos. Isso garante uma oferta equilibrada de empregos e serviços.

Descentralizando a Economia do Plano Piloto

“Essa abordagem busca descentralizar a economia do Plano Piloto”, explica Mário Pacheco. Ele é coordenador de Planejamento Territorial e Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF). “Criaremos novas áreas de trabalho e renda nas demais Regiões Administrativas (RAs). Reorganizaremos o DF para que as pessoas não precisem se deslocar por grandes distâncias até o trabalho.”

Um estudo chamado Índice de Centralidades (IC) serviu de base. Ele analisou a economia, o fluxo de pessoas e a configuração das vias no DF. “Verificamos a quantidade de empregos e estabelecimentos formais”, destaca Pacheco. “Também analisamos o fluxo de pessoas que se deslocam para trabalho e estudo. Além disso, avaliamos a estrutura das vias e sua integração nas diferentes partes do território.” Ele conclui: “Com isso, definimos as estratégias principais de intervenção urbana e as diretrizes para o tema.”

Arte: Seduh

Estratégias para o Desenvolvimento Econômico

As propostas se dividem em quatro estratégias principais para áreas urbanas. Há também diretrizes para as centralidades do DF. Conheça cada uma delas:

I – Estratégia de Dinamização de Áreas Urbanas

Essa estratégia foca em áreas que precisam ser impulsionadas. O objetivo é gerar mais empregos e renda. Queremos descentralizar a oferta de trabalho. Atualmente, ela está muito concentrada no Plano Piloto.

“Ou seja, daremos condições, do ponto de vista do território, para que se gere oferta de empregos para além do Plano Piloto”, afirma Mário Pacheco.

Para isso, escolhemos áreas com grande potencial econômico. No entanto, elas ainda não possuem muitos empregos. Isso inclui as principais vias urbanas das RAs. Inclui também os potenciais polos de geração de emprego. São aglomerados de atividades com potencial de atrair pessoas, mercadorias e serviços regionalmente.

Exemplos de áreas: Ceilândia, Taguatinga, Sobradinho, EPIA, Polo JK em Santa Maria.

II – Estratégia de Requalificação de Espaços Urbanos

Essa estratégia se aplica a áreas centrais já consolidadas. Contudo, elas precisam de melhorias. O objetivo é manter sua função e vocação.

Abrange áreas que já apresentam bom desempenho. Isso tanto na organização do espaço urbano quanto na disponibilidade de atividades econômicas. O foco é aprimorar esses espaços. Valorizamos o que já existe.

Exemplos de áreas: SIG, SIA, SAAN, Setor Central do Gama, Taguatinga Centro, Complexo de Lazer de Brazlândia, Áreas Econômicas de Águas Claras e do Núcleo Bandeirante.

III – Estratégia de Revitalização de Conjuntos Urbanos

Esta estratégia visa preservar o patrimônio cultural do DF. Além disso, busca atrair investimentos para áreas históricas em degradação.

O objetivo é recuperar espaços com valor simbólico e histórico para Brasília. Eles precisam de intervenções urgentes. Assim, resgataremos sua identidade.

Exemplos de áreas: setores centrais do Plano Piloto; W3 Sul e Norte, Vila Planalto, Eixo Histórico de Planaltina.

IV – Implantação de Subcentralidades

Refere-se à criação de novas áreas de atividade econômica. Elas estarão em pontos estratégicos. Muitas vezes, estarão ligadas a estações ou terminais de transporte público.

A ideia é promover a descentralização do emprego e da renda. Queremos distribuir melhor as oportunidades pelo território. Isso facilita o acesso da população a elas.

Exemplos de áreas: Estação Terminal Samambaia, Estação Águas Claras, Paranoá, Sobradinho e Planaltina.

V – Diretrizes para Centralidades Locais

O Pdot fornecerá orientações gerais. Elas visam o fortalecimento de centros locais. São áreas menores. Elas se voltam para as atividades econômicas do dia a dia. Atendem à população de uma região específica.

O plano diretor não detalha as intervenções nesses centros. Contudo, ele estabelece as orientações para outros instrumentos de planejamento urbano. Eles desenvolverão ações específicas para eles. Exemplos são a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub).

O Futuro do DF: Mais Equilíbrio e Oportunidades

A revisão do Pdot é fundamental para o futuro do Distrito Federal. Ao criar e fortalecer novas centralidades, o governo busca reorganizar o território. O objetivo é distribuir melhor as oportunidades. Isso significa menos tempo no trânsito. Significa mais qualidade de vida para os moradores.

As estratégias de dinamização, requalificação e revitalização são complementares. Elas visam impulsionar o desenvolvimento em diversas frentes. A implantação de subcentralidades, por sua vez, visa a uma descentralização ainda maior. Isso aproxima o emprego e os serviços das residências.

O sucesso do Pdot depende da colaboração. É crucial que a população participe. Os empresários e o poder público devem trabalhar juntos. Somente assim o Distrito Federal se tornará um modelo de planejamento urbano. Será um lugar com oportunidades acessíveis para todos.

Como as Novas Centralidades Impactam Você?

Pense no seu dia a dia. Quanto tempo você gasta no deslocamento para o trabalho? Onde você realiza suas compras? O Pdot visa mudar essa realidade. Ele quer que você encontre mais perto de casa o que precisa. Isso inclui empregos, escolas e serviços.

A criação de polos econômicos regionais é uma prioridade. Isso significa que Taguatinga, Ceilândia e Sobradinho, por exemplo, terão suas economias fortalecidas. Empresas serão incentivadas a se instalar nessas regiões. Isso gera mais empregos locais. A variedade de serviços também aumentará.

Para as áreas já consolidadas, como o SIG e o SIA, o foco é a otimização. Queremos que esses locais continuem atraindo investimentos. Que ofereçam infraestrutura moderna e eficiente.

Já a revitalização de áreas históricas, como a W3 Sul e Norte, trará de volta o brilho. O objetivo é atrair turismo e novos negócios. Tudo isso mantendo a identidade cultural de Brasília.

A implantação de subcentralidades, especialmente perto de estações de metrô, é estratégica. Imagine sair do metrô e ter acesso a escritórios, lojas e restaurantes. Isso facilita a vida. Reduz a dependência do transporte.

Próximos Passos e Participação Cidadã

O Pdot não é um documento estático. Ele será implementado gradualmente. As diretrizes para as centralidades locais são um exemplo disso. Elas orientarão a elaboração de leis mais específicas. A Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) são exemplos.

A participação da comunidade é vital. É importante que os cidadãos acompanhem as discussões. Deem suas opiniões sobre o Pdot. Afinal, as mudanças propostas afetarão a todos. Um Distrito Federal mais equilibrado e com oportunidades para todos é o objetivo final.

Você está pronto para um DF com mais oportunidades perto de você? Como você acha que essas mudanças podem melhorar sua qualidade de vida?

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