Um sonho compartilhado por intelectuais, jornalistas e artistas: a Folha do Gama. Mais do que um mero jornal, essa publicação nascia com a missão de ser um porta-voz fiel da comunidade, ecoando suas vozes e retratando suas vivências. Inicialmente em formato berliner, conhecido como “germânico”, a Folha do Gama foi moldando sua identidade ao longo dos anos, até adotar o tamanho standard que a consagrou. Desde o início, seu papel na comunidade foi crucial: não apenas um espaço para a expressão de ideias e preocupações locais, mas também um defensor incansável dos interesses do Gama.
A Folha do Gama, desde sua fundação em 1987, teve um impacto significativo na comunidade local do Gama, uma região administrativa do Distrito Federal. O jornal não apenas forneceu uma plataforma para a expressão de ideias e preocupações locais, mas também desempenhou um papel ativo na defesa dos interesses da comunidade.
Um Novo Capítulo sob a Batuta de Frank Barroso
Em 1989, a história da Folha do Gama ganhou um novo capítulo com a chegada de Francisco Barroso Filho, mais conhecido como Frank Barroso. Trazendo consigo a bagagem de vasta experiência no jornalismo comunitário, adquirida na fundação dos jornais “Comunicante” e “Gama Notícia” na década de 80, Frank Barroso aportou na Folha do Gama com um ideal: a democratização da comunicação.
Sua expertise, aprimorada em jornais diários como Última Hora e Jornal de Brasília, foi fundamental para consolidar a Folha do Gama como um veículo comunitário de grande relevância. Ao lado de Edward Pereira e Luiz Neto, Frank Barroso estruturou o jornal, criando um Conselho Editorial composto por 12 membros e se reunindo mensalmente para definir a linha editorial, as pautas e avaliar cada edição. Era a garantia de que a Folha do Gama jamais se desviaria de seu compromisso com a comunidade.
Um Legado que Resiste ao Tempo
Até o ano 2000, a Folha do Gama se consolidou como um bastião do jornalismo independente e comunitário. No entanto, desafios pessoais levaram Frank Barroso a se afastar da direção do jornal. Dedicando-se à criação de sua filha recém-nascida, sozinha após ter sido abandonada pela mãe no Hospital Regional do Gama, Frank se viu diante da difícil tarefa de conciliar as responsabilidades familiares com as demandas do jornalismo.
Mesmo após sua saída, o legado da Folha do Gama permanece vivo. O jornalismo comunitário segue como uma forma vital de comunicação, nascida da comunidade, para a comunidade e pela comunidade. Através do portal online folhadogama.com.br, Frank Barroso mantém a chama acesa, preservando a memória de um periódico que foi, e ainda é, um símbolo da comunicação comunitária em Brasília.
Mais do que um Registro Histórico:
A Folha do Gama transcende a mera função de um registro histórico. É um lembrete eloquente do poder transformador do jornalismo local e da importância de manter vivas as histórias da comunidade para as gerações futuras. Através de suas páginas, a alma do Gama ecoa, inspirando e mobilizando a comunidade a construir um futuro ainda mais próspero e unido.